segunda-feira, 8 de março de 2010

Comentário nº 60 – 10 de março de 2010 - Gelio Fregapani.

Comentário nº 60 – 10 de março de 2010

Assuntos: Assuntos econômicos, Política externa e Ensaio de Futurologia

Assuntos Econômicos

Mesmo durante a fase aguda da crise econômica o nosso País se manteve melhor do que os outros, graças a abundância de nossos recursos naturais e a política de assistência social do governo, que sustentou o comércio no momento mais agudo Entretanto essa política teria que ser temporária, pois não há economia que possa agüentá-la por longo prazo, sem uma receita extra de petróleo ou por outra dádiva natural. O sócioambientalismo e os movimentos dito sociais não haviam conseguido impedir o avanço do agronegócio, que sustentou as contas do País, mas conseguiram freá-lo. Retardaram por quatro anos a construção de novas hidrelétricas, cuja licença para construção só foi obtida após uma verdadeira batalha do governo e da sociedade contra o socioambientalismo retrógrado, bem como a construção de novas estradas.

Agora a conta começa a ser cobrada; a industria transfere diversas fábricas para a China. Empresas estrangeiras e mesmo as nacionais estão deixando de produzir no Brasil, como forma de driblar os aumentos nos custos de produção Tal situação é fruto da política econômica do governo Lula, encabeçada pelo Banco Central e marcada pelo receituário vigente desde o governo FHC, que mantêm o real num patamar de apreciação acima do que a economia brasileira pode suportar. Felizmente o governo parou de apoiar o ambientalismo irreal, mas já perdeu muito tempo.

Mesmo na improvável hipótese de não haver problemas externos, a nossa economia tende a deteriorar em função da assistência social distorcida, impossível de manter (bolsa família, bolsa educação, bolsa cultura, bolsa reclusão etc), das indenizações milionárias a antigos terroristas, das benesses a outros povos e perdão de dívidas. Entretanto a turbulência principal está se formando fora do Brasil com o desdobramento da crise econômica mundial. Os Estados Unidos, está tentando resolvê-la com a emissão de dólares sem lastro, que inevitavelmente perderão o valor.

Quase todos os países do mundo têm suas reservas em dólares. A China tem trilhões de reservas em títulos do tesouro americano. O Brasil tem 200 bilhões de reservas em dólares. Assim acontece com muitos outros países. Só que os dólares não tem lastro. Uma das consequências para esses países será a desvalorização brutal dessas reservas, com prejuízos incalculáveis.

Todas as nações que planejam tomam suas providências; A China procura se desfazer dos dólares (só em dezembro vendeu 34,2 bilhões de títulos do Tesouro dos EUA); a Europa, mesmo com o Euro em crise, não mais vende em dólares; os árabes cogitam de criar nova moeda internacional equivalente a um barril de petróleo. Em suma, todos querem comprar em dólares para se livrar deles; só os tontos concordam em vender nessa moeda. Enquanto isto nós seguimos tolamente acumulando reservas.

É fácil prever que os EUA tentarão levar de volta suas fábricas (A Caterpillar já está transferindo linhas de produção do Brasil para os EUA); o difícil é prever como eles pretendem conseguir petróleo e matérias primas depois do calote, quando a moeda deles não mais for aceita. Aí o perigo da aliança deles com as novas “nações” indígenas que eles fomentam. Os estrategistas que não cogitarem desta hipótese não são dignos desse nome.

O pior é que as previsíveis pressões nos encontrarão divididos em partidos irreconciliáveis. Ainda está em tempo de despertar!

Boas notícias:

1 - Nossa dependência de importação de fertilizantes inicia a ser equacionada. Importando 90% da demanda a um preço de U$ 3,8 bi só em potássio, qualquer encrenca poderia levar nossa agricultura ao colapso (e com ele a nossa economia). A VALE explora uma pequena jazida em Sergipe, mas investe apenas no exterior (Canadá). Agora a Petrobrás entrará no jogo explorando uma grande jazida na confluência do Madeira com o Amazonas. Saudamos esta decisão.

2 – A superação dos ridículos entraves ambientais à construção de hidrelétricas, permitirá o progresso. Quando começarmos a construí-las também nos rios da margem esquerda do Amazonas, muito mais encachoeirados, teremos toda eletricidade que quisermos, a baixo preço. Necessitamos apenas ficar alertas contra a nova manobra ambientalista: como não mais conseguem impedir a construção de hidrelétricas, exigem que estas sejam a “fio d’água”, ou seja, sem barragens. Para proteger os bagres impedem os reservatórios da água, a forma mais barata de acumular energia.

É interessante notar que os verdes não se interessam por corrigir esgotos, muito menos pela ecológica solução dos biodigestores. Antes de ter um problema ecológico, o Brasil tem um problema sanitário; nossa verdadeira tragédia ambiental é o fato de que 50% da população não dispõe de rede de esgotos

Nossa política externa

Cuba - Fidel afirma que nunca mandou matar ou torturar um inimigo político. Deve estar com Alzheimer. “Nosso” líder ouve sem contestar. A cultura dele já melhorou, mas falta estudar História. Bem merece o apelido de apedeuta. Se quisesse aliviar a barra de seu amigo poderia ter dito que também houve tortura em Guantánamo, mas aceitar que não houve “paredon” em Cuba...

Vizinhos Próximos - A política externa brasileira acovarda-se em relação a Bolívia e Paraguai, intromete-se com os problemas internos da pequena Honduras e distribui benesses sem olhar as necessidades do seu próprio povo. Agora quer construir hidrelétrica juntamente com o Peru. Não aprendemos com Itaipu, que poderíamos ter construído em Sete Quedas, totalmente em território nacional.

Irã - Paradoxalmente, a Política externa recebe censuras na parte em que poderia se orgulhar: o enfrentamento das pressões norte-americanas.

Se concordassemos com as sanções ou mesmo com o ataque ao Irã por causa do desenvolvimento nuclear estariamos avalizando o apartheid tecnológico e não teriamos argumentos para nosso próprio desenvolvimento.

Ensaio de Futurologia (apenas um cenário possível para quando o dólar perder o valor)

Um pouco antes, Israel bombardeará o Irã para evitar que desenvolva a bomba atômica. Isto é compreensível, apesar de eles terem desenvolvido a deles, (devido as declarações do Ahmadinejad que seu objetivo é destruir Israel, não lhes resta outro recurso senão atacar primeiro). É claro que, sem a produção iraniana, faltará petróleo. Será o sinal para a perda de valor de todos os dólares fora dos EUA e o petróleo terá que ser obtido pela força ou chantagem. Daí em diante se precipitarão os acontecimentos: Serão intensificadas as pressões norte-americanas no Oriente Médio. Previsível um avanço colombiano (por procuração) sobre o petróleo da Venezuela. A China avançará sobre Taiwan e sobre as terras férteis do Sudeste Asiático. Em todo o m undo haverá guerras e genocídios. O nosso País estará dividido e talvez em guerra civil, e sob pressão concederá independência aos territórios indígenas, que suprirão aos EUA as matérias primas que lhes faltam.

Não gostou? – Faça alguma coisa para evitar a divisão da Pátria.

Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani

Um comentário:

  1. Gostei do blog, vou acompanha-lo!
    um abraço!
    Maximiano Henrique Rebequi dos Santos

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