terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ADEUS AO CORONEL ERASMO DIAS.


Antônio Erasmo Dias
Militar, historiador, jurista e político. Nasceu em Paraguaçu Paulista-SP no dia 02 Jun 1924, faleceu em São Paulo-SP no dia 04 Jan 2010. Coronel do Exército Brasileiro onde serviu por 35 anos, foi também formado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo(USP), bacharel em Direito pela Universidade da Guanabara, autor de diversas obras acadêmicas. Durante o Regime Militar de 1964, Dias destacou-se por ter sido um dos fundadores do partido político situacionista ARENA e um dos principais ideólogos da doutrina de segurança pública do governo. Durante a presidência de Ernesto Geisel foi secretário de Segurança Pública do governador paulista Paulo Egídio Martins, entre março de 1974 e março de 1979. Foi também professor licenciado de economia. Trabalhou com uma empresa de segurança que treina vigilantes particulares e exerceu o cargo de vereador até 2004.

Militar enérgico, possuidor de um alto senso de justiça. Em 1977, ele comandou o cerco da faculdade e a tomada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ocorrida numa quinta-feira à noite onde cerca de 1.100 estudantes foram presos, após uma primeira triagem 500 destes foram levados ao quartel da Polícia Militar (Batalhão Tobias de Aguiar) na Avenida Tiradentes, centro de São Paulo. Após investigações 92 foram encaminhados ao DOPS e finalmente 32 foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

Algumas de suas citações.

"Minha filha, no fim de 1977, prestou o vestibular de Direito na PUC. Passou. Quando foi fazer a matrícula, em 1978, identificaram-na e humilharam-na de uma forma intolerável para mim, como pai.” (Devido ao revanchismo à pessoa de seu pai, a filha de Dias desistiu da PUC e foi para o Mackenzie).

"Sou estigmatizado por ter defendido com unhas e dentes o Brasil contra o regime comunista putrefato. Quero receber reparação. Tenho mais direito a ela do que aqueles terroristas que fizeram guerrilha e agora posam de heróis, ditando as regras neste país." Ao ter uma sua ação jurídica negada, forma de protesto realizado ao ver as altíssimas indenizações, serem pagas a perseguidos políticos da época do regime militar.

Faleceu vítima de um câncer.


Nenhum comentário:

Postar um comentário